Tempo em Setúbal

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Nevoeiro (Fernando Pessoa) - Interpretações de Amélia Muge,Teresa Silva Carvalho e Gal Costa


.
AliceDamnation | 4 de Outubro de 2010 | utilizadores que gostaram deste vídeo, 0 utilizadores que não gostaram deste vídeo
do poema de Fernando Pessoa
Copyright Sony Music Entertainment
.
.
.
alainjp1 | 7 de Junho de 2010 | utilizadores que gostaram deste vídeo, 0 utilizadores que não gostaram deste vídeo
Poèma "Mensagem" de Fernando Pessoa .Musica de José Luis Tinoco
.
.

.
02:25 - Há 4 anos
Fernando Pessoa & Francis Hime, em "Nevoeiro", canta Gal Costa.

.

 .

Nevoeiro, de Fernando Pessoa

Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
Define com perfil e ser
Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer -
Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo-fátuo encerra.
 
Ninguém sabe que coisa quere.
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...
 
É a Hora!

Com Nevoeiro, Fernando Pessoa foi repescar o mito sebastianista de que o Rei voltará numa manhã de nevoeiro e mostrou que, simbolicamente, nevoeiro era também a situação que se vivia em Portugal no momento em que escreveu. A conclusão de que o nevoeiro que se esperava não era, afinal, literal (físico) mas antes simbólico (social e político) permitiu-lhe acabar o Poema com a volta final ao gritar: É a Hora!.

Na esperança que o periodo de reflexão, que se aproxima, nos faça também gritar: “É a Hora!”, ouça, em Real Audio, este poema musicado por André Luiz Oliveira, na voz de Gal Costa.
.
.
http://briteiros2.blogspot.com/2005/01/nevoeiro-de-fernando-pessoa.html
.

Sem comentários:

Ilusionismo Quadrilátero

ILUSIONISMO
.

* Victor Nogueira .
.
Ele há um tempo p’ra tudo na vida
Cantando hora, minuto, segundo;
Por isso sempre existe uma saída
Enquanto nós estivermos neste mundo.
.
Há um tempo para não fenecer
Há mar, sol, luar e aves com astros
Há uma hora p'ra amar ou morrer
E tempo para não se ficar de rastos.
.
P'ra isso e' preciso sabedoria
Em busca dum bom momento, oportuno,
Com ar, bom vinho, pão e cantoria,
Sem se confundir a nuvem com Juno.
.
1991.08.11 - SETUBAL