Tempo em Setúbal

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Estrela da Tarde - Carlos do Carmo e Ary dos Santos


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Enviado por  em 02/03/2011
Festival RTP da Canção 1976


Era a tarde mais longa de todas as tardes
Que me acontecia
Eu esperava por ti, tu não vinhas
Tardavas e eu entardecia
Era tarde, tão tarde, que a boca,
Tardando-lhe o beijo, mordia
Quando à boca da noite surgiste
Na tarde tal rosa tardia
Quando nós nos olhamos tardamos no beijo
Que a boca pedia
E na tarde ficamos unidos ardendo na luz
Que morria
Em nós dois nessa tarde em que tanto
Tardaste o sol amanhecia
Era tarde demais para haver outra noite,
Para haver outro dia. (Refrão)
Meu amor, meu amor
Minha estrela da tarde
Que o luar te amanheça e o meu corpo te guarde.
Meu amor, meu amor
Eu não tenho a certeza
Se tu és a alegria ou se és a tristeza.
Meu amor, meu amor
Eu não tenho a certeza.
Foi a noite mais bela de todas as noites
Que me aconteceram
Dos noturnos silêncios que à noite
De aromas e beijos se encheram
Foi a noite em que os nossos dois
Corpos cansados não adormeceram
E da estrada mais linda da noite uma festa de fogo fizeram.
Foram noites e noites que numa só noite
Nos aconteceram
Era o dia da noite de todas as noites
Que nos precederam
Era a noite mais clara daqueles
Que à noite amando se deram
E entre os braços da noite de tanto
Se amarem, vivendo morreram.
(Refrão)
Eu não sei, meu amor, se o que digo
É ternura, se é riso, se é pranto
É por ti que adormeço e acordo
E acordado recordo no canto
Essa tarde em que tarde surgiste
Dum triste e profundo recanto
Essa noite em que cedo nasceste despida
De mágoa e de espanto.
Meu amor, nunca é tarde nem cedo
Para quem se quer tanto!

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Paulo de Carvalho - Olá, Tu Por Aqui





Enviado por  em 29/11/2009
Olá, então como vais? - Paulo de Carvalho e Tozé Brito


[PC(Paulo de Carvalho)]
-Ela saiu, não sorriu, mal me olhou, mas deixou ficar
O nosso amor pelo chão para eu arrumar
Deixou a dor a correr e a saudade na nossa mesa
Deixou o amor por fazer e a tristeza no ar

[TB(Tozé Brito)]
-Quando ela entrou, e sorriu-me, e olhou-me, não deixou ficar
O nosso amor pelo chão para eu arrumar
Pôs a ternura a aquecer toda a noite à lareira
Pôs o amor a correr e a alegria no ar, para eu cantar:

[refrão:]
[TB] -Olá! Tu por aqui?
[PC] -Olá... então como vais?
[TB] -Tudo vai bem?
[PC] -Olha, tudo vai mal para mim.
[TB] -Mas tudo vai mal porquê?

[PC] -Foi um amor que eu perdi,
Ela partiu, eu fiquei...
Se a encontrares, diz-lhe que eu estou por aqui
[TB] -Se a encontrar, direi.

[+1 Tom] [TB]
-Ela saiu, não sorriu, mal me olhou, mas deixou ficar
O nosso amor pelo chão para eu arrumar
Deixou a dor a correr e a saudade na nossa mesa
Deixou o amor por fazer e a tristeza no ar

[PC]
-Ela voltou, e sorriu-me, e olhou-me, e não quis deixar
O nosso amor pelo chão para eu arrumar
Pôs a ternura a aquecer toda a noite à lareira
Pôs o amor a correr e a alegria no ar, para eu cantar:

[PC] -Olá! Tu por aqui?
[TB] -Olá, então como vais?
[PC] -Tudo vai bem?
[TB] -Não, tudo vai mal para mim...
[PC] -Mas tudo vai mal porquê?

[TB] -Foi um amor que eu perdi,
Ela partiu, eu fiquei...
Se a encontrares, diz-lhe que eu estou por aqui
[PC] -Se a encontrar, direi.

[refrão]

[PC] -Olá! Tu por aqui?
[TB] -Olá, então como vais?
[PC] -Tudo vai bem?
[TB] -Tudo vai mal para mim.
[PC] -Mas tudo vai mal porquê?

[TB] -Foi um amor que eu perdi,
Ela partiu, eu fiquei...
Se a encontrares, diz-lhe que eu estou por aqui
[PC] -Se a encontrar, direi.


http://www.vagalume.com.br/paulo-de-carvalho/ola-tu-por-aqui.html#ixzz23phYIev9

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Paulo de Carvalho : E depois do Adeus


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Publicado em 05/06/2012 por 
Primeira senha do Movimento das Forças Armadas que realizou a revolução de 25 de Abril de 1974, em Portugal.

Paulo de Carvalho : E depois do Adeus

Música: José Calvário
Letra: José Niza
www.songcontest.nl
(vencedora do festival da canção de 1974)

Quis saber quem sou
O que faço aqui
Quem me abandonou
De quem me esqueci
Perguntei por mim
Quis saber de nós
Mas o mar
Não me traz
Tua voz.

Em silêncio, amor
Em tristeza e fim
Eu te sinto, em flor
Eu te sofro, em mim
Eu te lembro, assim
Partir é morrer
Como amar
É ganhar
E perder

Tu vieste em flor
Eu te desfolhei
Tu te deste em amor
Eu nada te dei
Em teu corpo, amor
Eu adormeci
Morri nele
E ao morrer
Renasci

E depois do amor
E depois de nós
O dizer adeus
O ficarmos sós
Teu lugar a mais
Tua ausência em mim
Tua paz
Que perdi
Minha dor que aprendi
De novo vieste em flor
Te desfolhei...

E depois do amor
E depois de nós
O adeus
O ficarmos sós

Nota:

Esta canção serviu de senha de início da revolução de 25 de Abril de 1974

Ilusionismo Quadrilátero

ILUSIONISMO
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* Victor Nogueira .
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Ele há um tempo p’ra tudo na vida
Cantando hora, minuto, segundo;
Por isso sempre existe uma saída
Enquanto nós estivermos neste mundo.
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Há um tempo para não fenecer
Há mar, sol, luar e aves com astros
Há uma hora p'ra amar ou morrer
E tempo para não se ficar de rastos.
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P'ra isso e' preciso sabedoria
Em busca dum bom momento, oportuno,
Com ar, bom vinho, pão e cantoria,
Sem se confundir a nuvem com Juno.
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1991.08.11 - SETUBAL