Tempo em Setúbal

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Um Motim há Cem Anos - Arnaldo Gama



Um Motim há Cem Anos

Autoria: Arnaldo Gama
Data de publicação: 1861
Local de publicação: Porto

Romance histórico cuja acção se desenrola em meados do século XVIII, tendo como pano de fundo a criação da Companhia dos Vinhos do Alto Douro pelo Marquês de Pombal, decisão que esteve na origem de uma revolta popular, violentamente debelada. No prefácio, onde simula o encontro com um certo antiquário, Gonçalo Antunes, que lhe fornece a ideia para a composição da obra, Arnaldo Gama deixa exposta a sua teoria do romance histórico tal qual a aplicou: "queria uma novela, um romance histórico, que toda a gente lesse, que toda a gente quisesse ler; porque enfim, meu caro amigo, estou convencido que a maneira de ensinar a história àqueles que não se aplicam aos livros, àqueles cuja profissão os arreda de poder fazer estudos sérios e seguidos, é o romanceá-la, dialogando-a, e dando vida à época, dando vida aos personagens, dando vida às localidades; mas a vida que lhes é própria, a vida da época, ressuscitando-a no estilo da conversação, nos usos e costumes, nos trajes, nas ideias e nas localidades."



Como referenciar este artigo:
Um Motim há Cem Anos. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2010. [Consult. 2010-10-22].
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Disponível na www: .
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Arnaldo Gama

Nome: Arnaldo de Sousa Dantas da Gama
Nascimento: 1-8-1828, Porto
Morte: 29-8-1869, Porto

Romancista da segunda geração romântica, nascido a 1 de Agosto de 1828, no Porto, e falecido a 29 de Agosto de 1869, no Porto, formou-se em Direito pela Universidade de Coimbra, mas dedicou-se quase inteiramente à literatura e ao jornalismo, tendo sido também membro da Academia Real das Ciências. Entre 1856 e 1857, publicou o romance folhetinesco O Génio do Mal, influenciado pelos cultores franceses do género, Eugène Sue e Ponson du Terrail, e por Camilo Castelo Branco, em Mistérios de Lisboa, de 1854. Em 1867, fundou o Jornal do Norte, mas colaborou em muitos outros periódicos, como O Nacional, A Península, A Esmeralda, O Porto, A Carta e a Revista Peninsular. Distinguiu-se como autor de romances históricos, tendo sempre como cenário a história do Porto, nos quais o rigor posto na reconstituição epocal se harmoniza com o talento empregue na efabulação romanesca e na composição dos caracteres.

Bibliografia: O Génio do Mal, 1856-1857 (romance); Poesias e contos, 1857 (poesias); Verdades e ficções, 1859 (contos); Um motim há cem anos, 1861 (romance); O Sargento-mor de Vilar, 1863 (romance); O Bailio de Leça, 1872 (romance, edição póstuma)



Como referenciar este artigo:
Arnaldo Gama. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2010. [Consult. 2010-10-22].
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Disponível na www: .
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Ilusionismo Quadrilátero

ILUSIONISMO
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* Victor Nogueira .
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Ele há um tempo p’ra tudo na vida
Cantando hora, minuto, segundo;
Por isso sempre existe uma saída
Enquanto nós estivermos neste mundo.
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Há um tempo para não fenecer
Há mar, sol, luar e aves com astros
Há uma hora p'ra amar ou morrer
E tempo para não se ficar de rastos.
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P'ra isso e' preciso sabedoria
Em busca dum bom momento, oportuno,
Com ar, bom vinho, pão e cantoria,
Sem se confundir a nuvem com Juno.
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1991.08.11 - SETUBAL