"Este jornal é uma força, meu caro Valadares, uma força."
in A Noite, 2ª ed., Lisboa, Editorial Caminho, 1987
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Considerada pela Associação de Críticos Portugueses a melhor peça de teatro portuguesa representada em 1979 (ex-aqueo). É uma das mais conseguidas peças sobre o 25 de Abril. Faz o público experiênciar o impacto imediato da revolução democrática nos conflitos internos à redacção e à oficina gráfica de um jornal.
O que pensa Maria Alzira Seixo...
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"A Noite é, ousamos dizê-lo, uma peça de circunstância essencial, passa o paradoxo. Pensar de modo dramático o 25 de Abril (ou melhor, a sua recepção; e mais adequadamente: a sua notícia) corresponde a um fantasma positivo cultivado por todos nós (digamos assim, de maneira optimista). Com efeito, esta peça dá-nos conta dos acontecimentos que preenchem a redacção de um jornal de 24 para 25, com as suas rotinas, o seu desinteresse, as suas pequenas revoltas, os seus conflitos, os seus afectos, as suas bajulações, as suas conveniências- até à noticia do estalar da revolução e ao modo como o jornal, enquanto conjunto de pessoas que o fazem e enquanto veículo informativo, a concretiza. É, pois, uma peça de celebração, um hino a um tempo presente que arruma o passado, um escrito de construção gradual da euforia. Toma-se o grupo como meio fundamental da situação dramática, nele se distinguindo o corpo da tipografia e da direcção e administração como, respectivamente, força positiva e negativa, debatendo-se o conflito no corpo intelectual por excelência, o da redacção."
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SEIXO, Maria Alzira - O Essencial sobre José Saramago-, Lisboa, Imprensa Nacional- Casa da Moeda, 1987, pág. 34
A noite Edition 2001 A Noite relatada nesta primeira peça de teatro de Saramago é a noite de 24 para 25 de Abril de 1974. Com a sua (re)conhecida ironia, o autor faz-nos reviver este momento que marcou para sempre a História de Portugal.... |
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