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segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

O Meu Século - Günter Grass


Mulher portuguesa

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Günter Grass: A aposta que Saramago ganhou

O Centro Cultural de São Lourenço, em Almancil, inaugura hoje “O Meu Século”, uma exposição de aguarelas que acompanham o mais recente livro de Gunter Grasss, com o mesmo título. Ao contrário do previsto, o Nobel da Literatura não vai estar presente. 
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É a primeira exposição de Gunter Grass em Portugal, desde a atribuição do Prémio Nobel da Literatura 1999. 
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Um mês depois do anúncio da Academia Sueca, o Centro Cultural de São Lourenço, em Almancil, no Algarve, inaugura "O meu século". Para ver até 17 de Dezembro, a exposição mostra as aguarelas que fazem parte do seu livro mais recente, "O meu século" que ainda não tem edição em Portugal. Uma oportunidade para conhecer melhor a pintura de um autor multifacetado, que sucedeu a José Saramago, no Prémio Nobel da Literatura. 
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Ao contrário do que chegou a estar previsto, Gunter Grass não vai estar presente na inauguração. Motivos de saúde levaram-no a cancelar a visita a Portugal, para abrir mais uma exposição no Centro Cultural com o qual colabora há cerca de 15 anos. Pra já, a passagem do Nobel por Portugal fica apenas prometida para muito breve. 
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O Nobel para Gunter Grass deixou José Saramago, o antecessor, particularmente satisfeito. Afinal, dele partiu a proposta do nome de Grass para o maior prémio mundial de Literatura. 
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Sem a presença do autor, o Centro Cultural de São Lourenço, em Almancil, é, mais uma vez, cenário para uma exposição de Gunter Grass. Apaixonado por Portugal e, muito particularmente, pelo Algarve, o Nobel da Literatura volta a expôr, num dos seus recantos favoritos. Desta vez, pode ver as aguarelas que acompanham a sua mais recente obra literária. 
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Ainda sem edição portuguesa, "O Meu Século" está dividida em 100 capítulos, um para cada ano. Cada um conta uma história de um acontecimento que, de alguma forma, tenha marcado o ano em questão. Cada aguarela é uma visão pictórica desse acontecimento. Mas nem todos os anos, têm direito a aguarela. O autor escolheu os 37 que considerou emblemáticos, representativos da realidade do século, no seu conjunto. 
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A 30 de Setembro, a Academia Sueca anunciava o Nobel da Literatura para Gunter Grass. Explicava, então, que "os argumentos folgazões e divertidos (de Gunter Grass) tão bem representam a face esquecida da História". Ao autor alemão, a Academia atribuía uma imensa responsabilidade por um certo "renascer da literatura alemã, depois de décadas de destruição moral e linguística".
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A obra literária de Gunter Grass começou em 1959, com a publicação de "The Tin Drum".
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E na obra de Gunter Grass, há um refúgio algarvio que traz novos horizontes à criação do artista. No cimo de um monte, há mais de uma década que o autor procura inspiração na casa que desenhou e construiu, bem no centro do serra do Algarve. Ali, rodeado pelo silêncio da natureza, entrecortado apenas pelo ruído dos animais, velhos amigos do escritor que sucedeu a José Saramago, na lista dos laureados
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Uma escolha que deixou Saramago particularmente satisfeito. Com ele, Gunter Grass partilha uma atenção muito especial à sociedade actual. Na obra de ambos, não passa despercebida a crítica dos valores da Humanidade. 
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E foi de Saramago, precisamente, que partiu a proposta do nome de Grass para o maior prémio mundial de Literatura. Uma aposta feita pouco depois de o próprio Saramago ter sido galardoado com o Nobel 1998.
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Em finais de Outubro do ano passado, o Nobel português falou, pela primeira vez, na hipótese de avançar com o nome do alemão para o prémio deste ano. No início de Dezembro, quando recebeu o Prémio, em Estocolmo, Saramago formalizou a proposta. 
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Desde sempre, José Saramago foi um admirador da obra de Gunter Grass. Durante a década de 60, o escritor português trabalhava precisamente na editora que publicou as primeiras obras de Grass, em Portugal. Aos 72 anos, este "homem de todas as artes" vê a sua obra coroada com o maior prémio mundial de Literatura. 
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http://www.mulherportuguesa.com/index.php?option=com_content&view=article&id=1856&catid=204&Itemid=3859
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Meu Século
Günter Grass
Crônicas   336 páginas
Tradução de Irene Aron
Formato: 16x23
ISBN: 850105822X

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MEU SÉCULO, novo livro do vencedor do Prêmio Nobel de Literatura de 1999, Günter Grass, é uma obra intrigante. Metade ficção, metade memória, MEU SÉCULO é uma perfeita despedida para o século XX.
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Cada capítulo corresponde a um ano do século e, para cada ano, Grass selecionou uma história diferente, um acontecimento pequeno ou grandioso e um narrador distinto para cada um destes momentos.
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Os breves textos de MEU SÉCULO vão de 1900 a 1999 e todos foram escritos na primeira pessoa. A intenção de Grass é construir um mosaico da história germânica do século XX, através das vozes dos seus diferentes participantes. Então, de acordo com a imaginação do autor, o narrador ora é um trabalhador desempregado, ora uma adolescente problemática, ora um guarda de campo de concentração nazista, ora um senador da cidade de Hamburgo.
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A centena de personagens dos dois sexos, de todas as idades e condições sociais, constitui uma pequena comédia humana, onde o romancista pode exercitar todas as faces do seu talento. Vez ou outra, o narrador é o próprio Günter Grass, evocando memórias pessoais, como mais um dos atores e espectadores obscuros do século que chega ao fim.
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Nascido em Danzig (atual Gdansk) em 1927, Günter Wilhelm Grass passou a se dedicar à literatura depois de estudar desenho e escultura. Sua obra inclui poemas, peças de teatro e, principalmente, romances, entre eles Um campo vasto, A ratazana, Anos de cão, O linguado, Maus presságios e O tambor  — considerado uma das obras-primas da literatura européia deste século. Escritor político e comprometido, porta-voz da geração de alemães que cresceu sob as sombras do nazismo e sobreviveu à guerra, Grass é um autor polêmico, várias vezes indicado para o Prêmio Nobel, e que suscita discussão a cada nova obra.
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"O último herege." - The New York Times Book Review
"Grass é o tambor da discórdia." - The Economist
"O mestre está de volta!" - Die Woche
"Grass é o homem que se apresentou para entender os mecanismos do capitalismo na nova Alemanha." - The Times
"Günter Grass continua sendo a referência da literatura alemã atual, e este romance é a obra de um grande escritor do pós-guerra." - El País 
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http://www.editoras.com/record/058222.htm
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Literatura
Autores alemães: Günter Grass
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O maior escritor alemão em atividade e um dos mais comprometidos com a história e a política de seu país. Günter Grass nasceu em 1927, na cidade de Danzig, que hoje pertence ao território polonês e se chama Gdanski. Lutou na Segunda Guerra Mundial, quando foi ferido e capturado por tropas americanas, sendo libertado apenas em 1946. Depois disso, trabalhou como agricultor e em minas de potássio. Assim, antes de se dedicar à literatura, Grass conheceu a realidade do povo alemão e a sua tentativa de reconstruir um país semidestruído pela guerra. 
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Foi com essa consciência de nacionalidade que Grass iniciou seus estudos literários na Academia de Artes de Düsseldorf e na Academia de Belas Artes de Berlim. Suas primeiras obras foram para o teatro, com boa acolhida da crítica. Mas seu primeiro romance, "O Tambor", também o mais conhecido e festejado pela crítica, foi recebido com ira pela sociedade da época. A narrativa trata da história do anão Oskar, do seu nascimento até sua internação num sanatório. O livro é uma crônica dos efeitos de desagregação e individualismo que se apoderam das pessoas em regimes totalitários, como o nazismo. O Tambor, escrito em 1959, é uma obra que continua atual, ainda mais com o crescimento de movimentos racistas e de extrema direita na Europa contemporânea. 
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Assim, Günter Grass dedicou sua obra a dissecar a realidade do povo alemão e principalmente as feridas não cicatrizadas da Segunda Guerra Mundial. Nos anos 60, dedicou-se à luta pelos ideais democráticos e à militância política pelo Partido Social-Democrata. Desde então, desenvolveu suas críticas contra o imperialismo americano, o que lhe fechou várias portas no mundo literário ocidental. No fim dos anos 80, suas críticas se voltaram para a unificação das Alemanhas Ocidental e Oriental, que considerou forçada e equivocada. Para Grass, as diferenças culturais desenvolvidas em 40 anos não foram levadas em conta. Suas considerações sobre este assunto, no livro "Um Vasto Campo", foram execradas pela crítica alemã, que festejava a união. 
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A concessão do prêmio Nobel de Literatura de 1999 a Günter Grass não poderia deixar de ser uma decisão relutante. Desde o início dos anos 80, a Academia Real da Suécia avaliava a possibilidade da premiação, mas, devido às posições políticas e ao furor com que defendia suas idéias, a condecoração foi várias vezes adiada. O Nobel veio coroar a carreira de um dos escritores europeus mais inquietos do século passado, que fez da indignação e da ideologia sua estratégia e da palavra, sua arma. 
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E Grass continua inquieto. Freqüentemente requisitado para participar de aulas, palestras e debates, onde defende com afinco suas posições políticas, ele ainda encontra tempo para continuar escrevendo. O seu mais recente livro, "A Marcha do Caranguejo" (Im Krebsgang), publicado em 2001, retoma o tema do nazismo, utilizando como pretexto o naufrágio do navio alemão Wilhem Gustloff, que partiu da cidade natal do escritor em 1945. A embarcação levava mais de 12 mil pessoas fugindo da ofensiva da U.R.S.S. contra a Prússia Oriental e a Pomerânia. No meio da viagem, o Gustloff foi atingido por um torpedo soviético e afundou, matando cerca de 9 mil passageiros. O naufrágio, cinco vezes maior que o do Titanic, em 1912, nunca teve repercussão, abafado pelo regime nazista.

Dicas do
nosso infocenter!!

Meu século
Ed. Record, 1999

Grass passeia pela história alemã recente, através de personagens anônimos que

vêem seus cotidianos alterados pelos acontecimentos nacionais e mundiais.
Um pequeno conto para cada ano do século XX.
O tambor
Ed. Nova Fronteira, 1959

A história do anão Oskar, desde seu nascimento até sua internação num sanatório. Uma alegoria contra o entusiasmo alemão pelo nazismo antes da 2ª Guerra Mundial. Considerado o romance mais importante da Alemanha na 2ª metade do Século XX.

Um campo vasto
Ed. Record, 1995

Enquanto a maior parte do mundo ansiava pela reunificação das Alemanhas Oriental e Ocidental, Grass expõe a violência política e cultural que isso causaria. Um dos livros mais polêmicos da década passada.
 http://www.ccba.com.br/asp/cultura_texto.asp?idtexto=37
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Gunter Grass: retrato de um Nobel


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Gunter Grass é, talvez, um dos autores contemporâneos mais multifacetados. A sua obra estende-se por áreas tão diversas como a Poesia, o Romance, o Teatro, a Escultura, a Pintura. Este ano, o Nobel da Literatura trouxe-o para as bocas do mundo.
Gunter Grass é, talvez, um dos autores contemporâneos mais multifacetados. A sua obra estende-se por áreas tão diversas como a Poesia, o Romance, o Teatro, a Escultura, a Pintura. Tornou-se conhecido com a publicação de "The Tin Drum" (no original, "Blechtrommel"), em 1959, uma obra que funcionou, na época, como uma espécie de "grito" da juventude que cresceu na era do Nazismo hitleriano. O autor que recebeu o Prémio Nobel da Literatura em 1999, descreve-se como "um apóstolo do Iluminismo, numa época que se cansou da Razão".
Gunter Grass nasceu em Danzig, na Alemanha (actual Gdansk, Polónia), em 1927. Muito jovem, durante a década de 30, alista-se na Juventude Hitleriana. Aos 16 anos, integra o exército e, em 1945, é ferido na guerra, pouco antes de ser preso. Até ao ano seguinte, fica na prisão de Marienbad, na Checoslováquia. Após ser libertado, exerce diversas actividades, desde a agricultura às minas. Chegou também a ser aprendiz de pedreiro.
Em 1948, entra para a Academia de Arte de Dusseldorf, onde estuda pintura e escultura. Estudos que prossegue, de 1953 a 1955, na Academia de Belas Artes, em Berlim Ocidental. É nesta altura, em 1954, que casa pela primeira vez, com Anna Margareta Schwartz, de quem se divorcia 24 anos depois. Um ano mais tarde, em 1979, casa com Ute Grunert, com quem ainda vive.
É durante os anos de universidade, em Berlim e em Dusselforf, que Gunter Grass começa a escrever poesia. Chega mesmo a fazer leituras perante um influente grupo de escritores, o Grupo 47.
Na segunda metade dos anos 50, muda-se para Paris, onde vive, até 1960, como escritor e escultor. É em Paris que começa a escrever "O Tambor" ("The Tin Drum"), o seu maior sucesso literário, publicado em 1959.
Quando saíu, "O Tambor" causou uma autêntica onda de furor na Alemanha, devido à forma como o autor retratava os anos do Nazismo. Todo o argumento roda em torno de Oscar Matzerath, cujo único meio de comunicação é um tambor de brinquedo, utilizado como forma de protesto contra as crueldades da Alemanha de Hitler.
Posteriormente, "O Tambor" foi entendida como uma parte da chamada "Trilogia Danzig", em que Grass descrevia as experiências da classe média - baixa da sua aldeia natal, durante os anos da segunda guerra mundial. Uma trilogia que Grass continuou em 1961, com "Cat and Mouse", e em 1963, com "Dog Years". Mas, mais tarde, o autor veio a considerar que "O Tambor" não se encaixava nesta trilogia, uma vez que se tratava de um retrato dos crimes nazis e das dificuldades da sociedade do pós-guerra em aceitar os elementos que tinham pertencido ao regime hitleriano.
Depois de Danzig, Berlim torna Berlim no novo foco da sua escrita. São disso exemplos claros, os argumentos de teatro que escreveu para "The Plebeians rehearse the uprising", de 1966; o romance "Local Anaesthetic", de 1969; ou o drama "Davor", todos eles com Berlim como cenário privilegiado.
A política teve também um lugar reservado no percurso de Gunter Grass. No final dos anos 60, escreve discursos para Willy Brandt, Chanceler da FRA entre 1969 e 1974. Estes discursos estão publicados na colectânea "The citizen and his voice", de 1974.
Durante as décadas de 70 e 80, o feminismo, a gastronomia e a ecologia são temas que passam a preocupar o autor, levando-o a alargar o leque de assuntos focados na sua obra. São desta época exemplos como "From the diary of a snail", de 1972; ou "The Flounder", de 1977. Aqui, Grass descreve o desenvolvimento da civilização como uma luta permanente entre os sonhos destrutivos de grandeza dos homens e o combate das mulheres pela realização. Explora campos como o papel histórico da gastronomia, os papéis sexuais, o feminismo.
As mulheres são tema de várias obras de Gunter Grass, algumas delas já datadas dos anos 90, como "The call of the toad", de 1992.
Em 1995, Grass escreve sobre a reunificação alemã: o protagonista de "Ein Weites Feld", Theo Wuttke, é um estudioso da obra do escritor do século 19 Theodor Fontane. É na obra dele que encontra paralelos de comparação com os acontecimentos históricos que fizeram a reunificação.
Já em 1999, Gunter Grass publica "Mein Jahrhundert" ("O Meu Século"), em que varre, sob a forma de comentário, todo o século 20. O livro tem 100 capítulos, um para cada ano, em que se destacam 100 acontecimentos que marcaram este século.
"Numa tentativa após a outra", ele queria ultrapassar a fronteira alemã-alemã e se intrometer nas duas eleições, de maio e de dezembro. Foi com essa intenção que Grass começou, em 1990, a fazer suas anotações. Dezenove anos depois – e meio ano após o lançamento de seu livro autobiográfico Die Box (A Caixa) – seus diários daquela época foram publicados: Unterwegs von Deutschland nach Deutschland (Em trânsito da Alemanha para a Alemanha).
Günter Grass anunciava com cogumelos a sua despedida provisória da escrita literária. Desenhados em sua casa de férias em Portugal, eles decoram a primeira página de seu diário. A obra narrativa Maus Presságios (Unkenrufe), na qual ele, na verdade, pretendia trabalhar, acabaria por acompanhá-lo durante todo o ano. Também havia um outro projeto com que ele já estava envolvido: um grande romance da "reunificação", unindo Berlim e Theodor Fontane. No diário, o nome provisório do romance ainda era Treuhand [nome da holding estatal que administrou as privatizações no processo de reunificação]; em 1996, ele foi publicado sob o título de Um Campo Vasto (Ein weites Feld).
Diário como dever
Em 1990, ele se entrega ao dever. Günter Grass não é aficionado em escrever diários; só quando ocorre algo incomum é que ele se submete a esse ritual cotidiano. Como em 1969, quando ele se envolveu na campanha eleitoral do Partido Social Democrata (SPD). Isso não o levou, no entanto, a apreciar o gênero. As partes políticas são pouco expressivas, apesar dos melhores contatos com o poder.
Os pensamentos de Grass giram com frequencia demasiada em torno de seus assuntos próprios. "É grotesco que, aqui na Feira do Livro, eu esteja envolvido com três editoras", anota ele em março de 1990, em Leipzig. Nenhuma palavra sobre os outros escritores e sobre a atmosfera do evento. Nada das fartas descrições dos diários de Martin Walser ou dos comentários autoirônicos que tornam as anotações de Peter Rühmkorf tão dignas de serem lidas.
Günter Grass se apresenta como admonitor e crítico à moda antiga. Ele adverte desde cedo contra as consequencias de uma "incorporação" da Alemanha Oriental pela Ocidental, opõe-se à reunificação e se mostra supersensível a tons nacionalistas – isso já tinha se tornado público antes.
Günter Grass e sua mulher UteGünter Grass e sua mulher Ute

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Ilusionismo Quadrilátero

ILUSIONISMO
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* Victor Nogueira .
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Ele há um tempo p’ra tudo na vida
Cantando hora, minuto, segundo;
Por isso sempre existe uma saída
Enquanto nós estivermos neste mundo.
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Há um tempo para não fenecer
Há mar, sol, luar e aves com astros
Há uma hora p'ra amar ou morrer
E tempo para não se ficar de rastos.
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P'ra isso e' preciso sabedoria
Em busca dum bom momento, oportuno,
Com ar, bom vinho, pão e cantoria,
Sem se confundir a nuvem com Juno.
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1991.08.11 - SETUBAL