Dramaturgo e escritor irlandês
Samuel Beckett
13/04/1906, Dublin, Irlanda
22/12/1989, Paris, França
Da Página 3 Pedagogia & Comunicação
Samuel Beckett foi um dos fundadores do teatro do absurdo e é considerado um dos principais autores do século 20. Sua obra foi traduzida para mais de trinta idiomas.
Beckett nasceu numa família burguesa e protestante, e em 1927 graduou-se em literatura no Trinity College de Dublin, onde estudou também italiano e francês.Em 1928, foi lecionar em Paris, onde conheceu James Joyce, de quem se tornou amigo. Durante o ano de 1930 Beckett lecionou na Irlanda. Nessa época escreveu o estudo crítico "Proust", comentando a obra do grande escritor francês.No ano seguinte Samuel Beckett fixou residência em Paris e escreveu a sua primeira novela, "Dream of Fair to Middling Women", que seria publicada somente depois de sua morte.Em 1933, voltou a Dublin, por motivos familiares, mas retornou a Paris em 1938. Nessa época, levou, de um estranho, uma facada no peito e ficou gravemente ferido.No início da Segunda Guerra Mundial, Beckett vinculou-se à Resistência Francesa, juntamente com sua esposa, Suzanne Deschevaux-Dusmenoil. Em 1942 foi obrigado a fugir para Vichy, onde escreveu parte da novela "Watt".A partir de 1945, o seu idioma literário passou a ser o francês. Entre 1951 e 1953 escreveu uma trilogia ("Molloy", "Malone Morre" e "L'Innommable"), cujo tema é a solidão do homem. Com "Esperando Godot", Beckett iniciou, ao mesmo tempo que Ionesco, o teatro do absurdo.Posteriormente ainda escreveu, além de algumas obras narrativas, diversas peças teatrais, como "Fim de Festa", "Ato sem Palavras" e "Os Dias Felizes".Em 1969, Beckett ganhou o Prêmio Nobel de Literatura. Durante a vida escreveu poemas e textos em prosa, como romances, novelas, contos e ensaios, além de textos para o teatro, o cinema, o rádio e a televisão.Samuel Beckett morreu em 1989, cinco meses depois de sua esposa. Foi enterrado no cemitério de Montparnasse..
A FELICIDADE, AMANHÃ...
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A partir de Samuel Beckett
ESTREIA A 10 FEVEREIRO ATÉ 27 MARÇO
SINOPSE: Terra, buracos, paisagem, mesas, contentores, latas, água, líquidos, pedras. Um homem nu que executa ações confinado a um espaço; um homem registra em áudio memórias, canções; uma boca vocifera um discurso de forma estonteante; três cabeças enterradas falam sobre a sua vida sem se relacionarem; dois homens executam tarefas à vez, partilham a mesma roupa, porque sim, é inevitável. Não há princípio nem fim apenas o meio. A Felicidade, Amanhã... é um espectáculo a partir das imagens e do universo dos dramatículos de Beckett, Donde emergem Play , Não Eu e Acto sem Palavras II.
Ficha Técnica: Concepção e Direcção: Álvaro Correia
Tradução: Luis Fonseca, Luis Miguel Cintra e Paula Seixas
Cenografia: José Capela
Figurinos: Carlos Paulo
Desenho de Luz: José Álvaro Correia
Sonoplastia: Hugo Franco
Com: Alexandre Lopes, Carlos Paulo, Hugo Franco, Maria Ana Filipe,
Marco Paiva, Miguel Sermão, Rui Neto e Tânia Alves
Assistente de Encenação: Bernardo Almeida e Frédéric Cruz
Operador de Luz/Som: Alfredo Platas
Mestra Costura: Aurélia Braz
Fotografia: Bruno Simão
Cartaz: Bruno Simão/R2com.pt
Equipa Técnica: Renato Godinho, Mário Correia e Alfredo Platas
Assistência Geral: Cremilde Paulo, Madalena Rocha, Eduardina Sousa e Leonor Gama
Gabinete de Produção: Rosário silva e Carlos Bernardo
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De Quarta a Sábado às 21h30m / Domingos às 16h
Quartas e Quintas preço único de 5€
De Sexta a Domingo 10€, Jovens e Terceira Idade 7.5€
DE 10 FEVEREIRO ATÉ 27 MARÇO
Reservas:através do email reservas@comunateatropesquisa.ptou pelo telefone 21 722 17 70/7/9
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Justificação: A Comuna - Teatro de Pesquisa decide voltar a Samuel Beckett depois do êxito de Todos os que Caem produzido em 2006. Desta vez o espectáculo a realizar será a partir de alguns dramatículos de Samuel Beckett, a saber, Não Eu, Play e Acto sem Palavras II e terá o nome de A Felicidade, Amanhã.... O conjunto das suas obras a que se dá o nome de dramatículos, correspondem a um singular percurso estético dentro da obra de Beckett. Como se tivesse caminhado para uma ruptura constante com a sua própria obra e com o teatro contemporâneo do séc. xx.
Pode-se dizer que toda a fase final da escrita dramática de Samuel Beckett é composta por dramatículos, quer tenham sido escritos para serem representados em teatro, rádio ou televisão. O formato longo e convencional deixou de lhe interessar progressivamente. Foi nos dramatículos que ele trabalhou de forma sistemática o tempo, quer seja distendido ou contraído, e isso só era possível numa lógica de peças curtas. Como se a questão da duração tivesse a importância do instante no próprio instante em que acontece.
Além disso, pressente-se na sua escrita uma constante preocupação pela depuração da linguagem, por uma constante reinvenção do espaço teatral e uma atracção pelos limites da percepção teatral. O gesto de radicalização por parte de Beckett relativamente ao teatro é constante e sistemático. Beckett re-trabalha de forma radical as convenções teatrais e dramáticas. As suas peças curtas ou dramatículos constituem o conjunto mais intenso e inquietante que alguém concebeu no século XX. Por estas razões parece-nos pertinente esta re-visitação ao universo de Beckett.
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