Tempo em Setúbal

sábado, 11 de setembro de 2010

UMA LONGA JORNADA PARA A NOITE de Eugene O’Neill

 
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UMA LONGA JORNADA PARA A NOITE
de Eugene O’Neill
encenação de Rogério de Carvalho
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1 - Sem nos determos no acto consumado da sua elaboração, as personagens deste texto sugerem, nas suas palavras, um longo isolamento na “noite”, bem como o acumular de angústias.
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2 - Trata-se da destruição do conceito de família, na medida em que as figuras vão sendo sucessivamente expostas à expiação e ao castigo: não como as personagens da tragédia (pela intervenção dos deuses - já que estamos num outro contexto ideológico), mas através da evocação de um fi lho falecido (já Tchecov trabalhara o mesmo tema n’O cerejal e Ésquilo na Oresteia).
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3 - O caminho percorrido por estas personagens ao longo do texto é tão denso que se torna irrespirável, revelando progressivamente o sentido do drama que elas vivem. O resultado da intenção do autor poderia ter sido um drama naturalista banal e sórdido, que resultaria da sua simples autobiografia. Mas não é assim, graças à inserção de motivações de um contexto mais profundo da linguagem, que torna O’Neill num dos grandes autores do século XX.
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4 - O texto reflecte uma evolução do sentimento que as quatro personagens desenvolvem ao provocarem o reflexo da piedade das figuras humanas em tais situações, no quadro de uma sociedade que, tal como hoje, vive problemas sociais e económicos. Talvez a tragédia do destino do Homem?
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Rogério de Carvalho
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Eugene O’Neill (1888–1953), Prémio Nobel da Literatura em 1936, foi um dos primeiros dramaturgos norte-americanos a introduzir na dramaturgia do seu país as técnicas de escrita realistas. Altamente autobiográfica e oferecida à sua mulher no 12º aniversário do seu casamento, Uma longa jornada noite adentro só foi publicada em 1956 - no entanto O’Neill havia deixado no seu testamento que só 25 anos após a sua morte o texto deveria ver a luz do dia. O sucesso obtido nos palcos, no ano seguinte, valeu-lhe o Prémio Pulitzer (póstumo), garantindo-lhe um lugar na estante das obras-primas da Literatura mundial.

encenação Rogério de Carvalho
tradução Helena Barbas
intérpretes por ordem de entrada em cena Teresa Gafeira, Marques D'arede, Elmano Sancho, Luís Ramos, Laura Barbeiro
assistência de encenação Laura Barbeiro
cenografia José Manuel Castanheira
assistência de cenografia Paulo Oliveira, Pedro Silva
com a colaboração dos alunos do curso de cenografia da Faculdade de Arquitectura Lisboa | UTL
figurinos Mariana Sá Nogueira
assistência de figurinos Patrícia Raposo
execução do guarda-roupa Mestra Teresa Louro
costureiras MARIA JOSÉ BAPTISTA, Natália Ferreira, Palmira Abrantes
penteados Luzia Fernandes
desenho de luz José Carlos Nascimento
desenho de som Guilherme Frazão
operação de luz e som Paulo Mendes
direcção de montagem Carlos Galvão
montagem António Antunes, António Cipriano, Jorge Gomes, Marco Jardim, Paulo Horta, Paulo Mendes

vídeo DVCAM / formato 16:9 / gravação com público / Março 2009 / duração: 03:12:13
imagem JORGE FREIRE, CRISTINA ANTUNES / som JORGE FREIRE
realização e edição CRISTINA ANTUNES

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AUTOR

Eugene Gladstone O'Neill, (1888-1953) Dramaturgo norteamericano, n. en Nueva York, hijo de un popular actor, y m. en Boston. Cursó estudios en internados católicos y en la Universidad de Princeton durante un año. Trabajó en una casa de negocios por correspondencia, buscó oro en Honduras, colaboró en la dirección de la compañía teatral de su padre y actuó en ella, fue oficinista en Buenos Aires, transportó mulas en una lancha ganadera, navegó como marinero y fue periodista en Connecticut. En 1912 contrajo una tuberculosis incipiente y tuvo tiempo de «pensar». Empezó a escribir. En 1914, año en que publicó Thirst and Other One-Act Plays, estudió dramática en Harvard. En 1916, los Provincetown Players pusieron en escena Bound East for Cardiff, el primero de una serie de episodios dramáticos sobre la vida en el «tramp» Glencairn. La misma compañía presentó en Nueva York Beyond the Horizon (Más allá del horizonte), la primera comedia larga de O'Neill, que obtuvo el premio Pulitzer de 1920. En 1922 volvieron a concedérselo por Anna Christie. Con la obra Strange Interlude (Extraño interludio) lo consiguió una tercera vez en 1928. El año 1936 O'Neill recibió el premio Nobel de Literatura.
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Aunque se advierte la influencia del drama griego en obras como Mourning Becomes Electra (A Electra le sienta bien el luto, 1931), con su similitud coral, sus personajes enmascarados,su ajuste, estructura y argumento, y aunque se acusa la influencia de Strindberg en Different (1920) y Welded (1924), O'Neill se muestra norteamericano en la descripción, lenguaje y tono teatral. Las expresionistas Emperor Jones (1921) y The Hairy Ape (1922) reflejan la manía sociológica de la época, lo mismo que Marco Millions (1924), con su sátira del desaprensivo amasador de fortunas. Pero la preocupación más característica de O'Neill radica en el conflicto psicológico entre el poeta y el positivista -The Great God Brown, 1925- o el místico y el materialista -Days Without End, 1934, y The Iceman Cometh, 1946-. De esta lucha surge su sentido de la tragedia, su intensidad y su exasperación ante las limitaciones técnicas del teatro. 

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fonte: BIOGRAFIAS Y VIDAS:
http://www.biografiasyvidas.com/biografia/o/oneill.htm

RESUMO

Escrita em 1941, mas encenada somente em 1956, a obra-prima Longa Jornada de um Dia Noite Adentro é a peça autobiográfica do dramaturgo americano Eugene O’ Neill (1888-1953). Apresentado ao Brasil por Ziembinsky e Cacilda Becker em 1958, o texto ganha remontagem à altura de suas qualidades universais, com direção de Naum Alves de Souza e elenco encabeçado por Cleyde Yáconis, irmã de Cacilda, e Sérgio Britto. A peça está em cartaz no Rio, no Centro Cultural Banco do Brasil. 
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A ação, transcorrida em 1912, foca um único dia na vida da dilacerada família do autor, formada pelo pai covarde (um ator talentoso, mas incapaz de vôos altos na carreira), uma mãe dependente de morfina e dois filhos, um consumido pela tuberculose e outro pelo alcoolismo. Os acontecimentos de um dia tenso acabam projetando, ao longo da noite, o inferno no qual estão mergulhados esses quatro seres infelizes e já incapazes de alterar seu destino.

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TEXTO DE Mauro Ferreira 

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COMENTÁRIO

UM DOS GRANDES TEXTOS TEATRAIS DO SÉCULO XX, "LONGA JORNADA NOITE ADENTRO" É A TRAGÉDIA DA FAMÍLIA BURGUESA AMERICANA. QUATRO PESSOAS TRANCADAS NO LABIRINTO DE SUA IMPOTÊNCIA FUGINDO DE MONSTROS PSÍQUICOS QUE SÃO DESPERTADOS PELAS PRÓPRIAS RETICÊNCIAS E PELA INVIABILIDADE DE COMUNICAR A DOR PROFUNDA DE CADA SER EM SUA INVIOLÁVEL SOLIDÃO
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O INFERNO DE CADA INDIVÍDUO SE REFLETE NA DESCRENÇA ABSOLUTA NO DIÁLOGO, NA IMPOSSIBILIDADE DE HONESTIDADE MÚTUA E NA DESCONSTRUÇÃO DO SER FRENTE AOS TESTEMUNHOS PERPLEXOS UNS DOS OUTROS.

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Sem comentários:

Ilusionismo Quadrilátero

ILUSIONISMO
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* Victor Nogueira .
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Ele há um tempo p’ra tudo na vida
Cantando hora, minuto, segundo;
Por isso sempre existe uma saída
Enquanto nós estivermos neste mundo.
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Há um tempo para não fenecer
Há mar, sol, luar e aves com astros
Há uma hora p'ra amar ou morrer
E tempo para não se ficar de rastos.
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P'ra isso e' preciso sabedoria
Em busca dum bom momento, oportuno,
Com ar, bom vinho, pão e cantoria,
Sem se confundir a nuvem com Juno.
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1991.08.11 - SETUBAL