Tempo em Setúbal

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Mariza - Chuva

ally75
As coisas vulgares que há na vida
Não deixam saudades
Só as lembranças que doem
Ou fazem sorrir

Há gente que fica na história
da história da gente
e outras de quem nem o nome
lembramos ouvir

São emoções que dão vida
à saudade que trago
Aquelas que tive contigo
e acabei por perder

Há dias que marcam a alma
e a vida da gente
e aquele em que tu me deixaste
não posso esquecer

A chuva molhava-me o rosto
Gelado e cansado
As ruas que a cidade tinha
Já eu percorrera

Ai... meu choro de moça perdida
gritava à cidade
que o fogo do amor sob chuva
há instantes morrera

A chuva ouviu e calou
meu segredo à cidade
E eis que ela bate no vidro
Trazendo a saudade

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Sérgio Godinho - É Terça-Feira



Carregado em 27/12/2011
Música: Sérgio Godinho - É Terça-Feira

Ilustrações: Cristina Sampaio
em "Sérgio Godinho e as 40 IIustrações"

Edição: Gabriel Macedo

Edição realizado no âmbito da cadeira de Análise do Discurso. (Projecto sobre Semiótica Social)

Tradução e Interpretação Português - Chinês / Chinês Português
Escola Superior de Educação e Ciências Sociais
Intituto Politécnico de Leiria

É terça-feira 
e a feira da ladra 
abre hoje às cinco 
de madrugada

E a rapariga 
desce a escada quatro a quatro 
vai vender mágoas 
ao desbarato 
vai vender 
juras falsas 
amargura 
ilusões 
trapos e cacos e contradições



É terça-feira 
e das cinzas talvez 
amanhã que é quarta-feira 
haja fogo outra vez 
o coração é incapaz de dizer 
"tanto faz" 
parte p´ra guerra 
com os olhos na paz



É terça-feira 
e a feira da ladra 
quase transborda 
de abarrotada



E a rapariga 
vende tudo o que trazia 
troca a tristeza 
pela alegria



E todos querem 
regateiam 
amarguras 
ilusões 
trapos e cacos e contradições



É terça-feira 
e das cinzas talvez 
amanhã que é quarta-feira 
haja fogo outra vez 
o coração 
é incapaz 
de dizer 
"tanto faz" 
parte p´ra guerra 
com os olhos na paz



É terça-feira 
e a feira da ladra 
fica enfim quieta 
e abandonada 
e a rapariga 
deixou no chão um lamento 
que se ergue e gira 
e roda com o vento 
e rodopia 
e navega 
e joga à cabra-cega 
é de nós todos 
e a ninguém se entrega



É terça-feira 
e das cinzas talvez 
amanhã que é quarta-feira 
haja fogo outra vez 
o coração 
é incapaz 
de dizer 
"tanto faz" 
parte p´ra guerra 
com os olhos na paz

Ilusionismo Quadrilátero

ILUSIONISMO
.

* Victor Nogueira .
.
Ele há um tempo p’ra tudo na vida
Cantando hora, minuto, segundo;
Por isso sempre existe uma saída
Enquanto nós estivermos neste mundo.
.
Há um tempo para não fenecer
Há mar, sol, luar e aves com astros
Há uma hora p'ra amar ou morrer
E tempo para não se ficar de rastos.
.
P'ra isso e' preciso sabedoria
Em busca dum bom momento, oportuno,
Com ar, bom vinho, pão e cantoria,
Sem se confundir a nuvem com Juno.
.
1991.08.11 - SETUBAL